terça-feira, 16 de junho de 2009

Índia - perseguição de cristãos e morte de pastores em Orissa



IMPORTANTE

A bem da verdade, e cumprindo meu dever de informar bem, antes de ver as 17 fotos abaixo,de fatos reais que aconteceram entre o Natal de 2007 e setembro de 2008, você precisa saber que a Índia é uma país da Ásia com 28 estados e sete territórios. Que em apenas em UM Estado, chamado Orissa, vem acontecendo incêndios de igrejas cristãs, mortes de alguns pastores, destruição de casas e perseguição de cristãos. Informo ainda que dentro do Estado de Orissa, em 14 distritos (municípios) houve estes problemas. Eu preciso esclarecer isto, para que você não fique desinformado nem conclua de modo errado que a Índia inteira esteja pegando fogo ou que os fundamentalistas hindus estejam fazendo churrasco de pastores e de crentes todo dia por lá. João Cruzué

Notícias atuais - em 11 de outubro de 2008
O Governo Hindu deu um basta nessa perseguição

fonte: AICC

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Jeep de Igreja incendiado

fonte: AICC

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Corpo do Pastor Dibya Sundars

João Cruzué

Uma grave perseguição
religiosa contra cristãos está acontecendo em Orissa, estado da Região Leste da Índia. Bandos de Hindus exaltados da VPH, uma associação fundamentalista para o hinduísmo mundial incedeiam e destroem Igrejas, matam pastores e expulsam cristãos de suas casas. As fotos abaixo mostram muita destruição e dor. Famílias inteiras estão se escondendo e dormindo no meio do mato depois que foram atacadas e expulsas de seus lares. As perseguições vêm se intensificando desde o Natal de 2007. E de agosto 2008 para cá, infelizmente recrudesceram. Policiais militares e até o exército indiano foram destacados para acalmar os ânimos. Pastores estão sendo falsamente acusados de estupro, justamente para enlouquecer grupos radicais contra os cristãos indianos.

A maioria desses cristãos são (ex)Dalits - também conhecidos por "intocáveis".-ou a casta mais baixa na hierarquia da religião hinduísta. Segundo as estatísticas, há 180 milhões de Dalits na Índia.Eles sofrem
o preconceito religioso porque são pobres e ainda por cima cristãos. Este preconceito resumidamente vem do sistema de castas hinduísta. Se uma pessoa pertence à casta dos Dalits (a mais baixa do hinduísmo) ele deve trabalhar a vida inteira em ocupações como lixeiro. Como em várias lugares da Índia não têm redes de esgotos ou fossas, as mulheres Dalits são obrigadas pela religião a retirar as fezes e todo o lixo das mansões dos membros da casta dominante. Se um Dalit (intocável) estiver passando fome, no meio da rua, segundo o costume do fundamentalismo radical hinduísta quem der de comer a ele estará pecando. Ele tem que sofrer e passar necessidades a vida inteira para "melhorar" seu "karma". Além de explorados, os Dalits são doutrinados a aceitar a exploração como sendo aldo da vontade do deus hinduísta.Traduzindo: o sistema de castas hinduísta é a organização mais miserável que o diabo já planejou com o nome de religião.

O sistema hinduísta de castas foi abolido da Constituição Indiana. Desde Mahatma Gandhi, os políticos vêm combatendo esta ignomínia através de leis que declararam ilegal o sistema de castas. Todavia, nas regiões mais remotas e no interior da Índia as leis nem sempre chegam ou funcionam. Prevalece a força do hinduísmo. Típico caso onde o Estado é laico, mas o povo não o é. Muitos Dalits ao ouvir o Evangelho aceitam Jesus para fugir tanto da miséria quanto do preconceito. Mas, se por um lado eles se tornam livres ao aceitar Jesus, já no convívio social eles continuam sendo tratados como Dalits. E o fundamentalismo Hinduísta não perde a oportunidade em torná-los bodes expiatórios, como é o caso desta perseguição que começou desde o Natal de 2007.
Até aqui a reportagem é de João Cruzué.


Screenshot de João Cruzué
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Tradução de João Cruzué

"Entre 24 de dezembro de 2007 e 02 de janeiro de 2008 os ataques no "município" de kandhamal mataram ao menos quatro cristãos, e destruíram 100 templos religiosos e 730 casas de cristãos. A maioria das vítimas eram Dalits , anteriormente conhecidos como "intocáveis"

Os recentes ataques começaram depois que Lakshmanananda Saraswati, um líder da
Associação Fundamentalista hindu VHP - Vishwa Hindu Parishad, foi morto em 23 de agosto de 2008, por assaltantes desconhecidos . A VHP acusou publicamente os cristãos locais e grupos de militantes hindus atacaram pelo menos em 12 dos trinta "municípios" do "Estado" de Orissa. Os líderes das comunidades cristãs informaram que desde 03 de setembro, pelo menos 4.014 casas foram destruídas em 300 aldeias, e aproximadamente 50 mil pessoas, expulsas. Dois pastores e outros 24 líderes cristãos foram mortos. Mais de 100 templos foram incendiados. Uma freira foi estuprada e outra religiosa católica foi queimada viva em Bargarh, "município" de Orissa.

Em 25 de Agosto de 2008, as hordas de militantes hindus atacaram casas cristãs e lugares da adoração em Kandhamal. Os ataques foram principalmente à noite. Em primeiro de Setembro de 2008, o Governo do Estado Orissa contou os fatos em números: 16 pessoas mortas, 35 feridas, 185 presos; 558 casas e 17 lugares de adoração incendiados, 12,539 cristãos buscaram abrigo em 10 campos de refugiados; 12 companhias de forças paramilitares, 24 pelotões da Polícia Armada estatal de Orissa, duas seções da Força de Reserva de Polícia Armada, e duas equipes do Operat Especial.

Na Quinta-feira, 4 de setembro de 2008, o Supremo Tribunal de Índia instruiu o governador de Orissa para controlar a violência. As autoridades de Orissa prometeram impedir uma manifestação da VHP (Vishwa Hindu Parishad ou Conselho Hindu Mundial) marcada para o dia 7 de setembro de 2008. Contudo, os líderes de VHP disseram a uma jornalista indiana que eles ainda planejavam manter o "Shraad Yatra” um rito de funeral tradicional executado por sadhus hinduístas
no 16º dia da morte do swami. Anteriormente, líderes de todas as principais denominações cristas conclamaram um dia da oração e jejum através da Índia no domingo, 7 de setembro de 2008."

FOTOS DO RESULTADO DA PERSEGUIÇÃO

fonte: AICC
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Bíblias queimadas

fonte: AICC

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Irmã Namrata - adolescente com queimaduras de segundo grau

fonte: AICC
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Templo destruído

fonte: AICC
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Jeep de Igreja incendiado

fonte: AICC
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Irmão Sudhir junto com dois Evangelistas

fonte: AICC
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Igreja queimada

fonte: AICC
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Joven de orfanato católico queimada viva

fonte: AICC
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Irmã Lydia e filho , viúva e órfão do Pastor Akbar Digal

fonte: AICC
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famílias amendrontadas se escondendo e dormindo no mato

fonte: AICC
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carro em mercadorias de cristãos queimados

fonte: AICC
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casa destruída pelo fogo

fonte: AICC
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veículo incendiado

.então meus caros irmão vamos orar por este país e pelos missinários.

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O LUGAR DE SOFRIMENTO NA VIDA DO MISSIONÁRIO

Ser missionário é um privilégio, não um fardo intolerável carregado por uns “grandes servos de Deus”. Deus escolhe os pequenos, os fracos, as coisas loucas deste mundo para que a glória seja só dele (1 Co 1.26-29). Mas esse privilégio está ligado ao caminho da renúncia e de levar cada dia a sua cruz, seguindo a Jesus. O sofrimento já faz parte da vida de muitos missionários e, quanto mais penetrarmos nas regiões ainda não alcançadas, mais teremos contato com realidades de grande carência social e espiritual, de conflito com poderes das trevas, de violência, guerra e perseguição. Isso leva ao sofrimento do missionário e de sua família. Porém, muito mais do que isso, o confronto com o sofrimento do povo certamente vai perturbar profundamente o coração do missionário.
Como podemos enviar pessoas para lugares onde o sofrimento é uma realidade diária e muito forte? Alguns acham que isso não pode ser a vontade de Deus. Mas como foi que Deus enviou seu Filho? Com que garantia e segurança? Lembremo-nos de que Jesus disse: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21; 15.20). Isso significa correr os mesmos riscos, vencer a mesma resistência, viver com a mesma expectativa de vitória, por meio do caminho da cruz.
Como podemos descrever o sofrimento na vida do missionário? Nas horas de guerra violenta que presenciei, o que me chocou mais profundamente foi ver pessoas feridas, caídas nas ruas sem ninguém poder socorrer, e ouvir as histórias das vítimas da guerra nos hospitais. Uma mulher sem braços que perdeu a única irmã, barbaramente violentada. Crianças atingidas por balas enquanto dormiam em sua própria cama. Ver a falta de recursos e a angústia dessas pessoas era profundamente perturbador. Mas Deus precisa de um instrumento para levar sua graça, amor e esperança a essas pessoas. É o sofrimento de saber da angústia de nossa família e não poder fazer nada para tranqüilizá-la. E as coisas sempre parecem piores do que são para quem as acompanha de longe. É o sofrimento de acompanhar o despertamento espiritual, a descoberta da graça de Deus por uma pessoa, que depois aparece mutilada, morta pela própria família.
Outro motivo de sofrimento é que as pessoas põem em nós uma carga de esperança de solução para seus problemas muito além das nossas possibilidades. Às vezes nos perguntamos: “O que estou fazendo aqui? Fará alguma diferença esse pouco que posso fazer?” É claro que fará diferença! Cada vida transformada, que recupera a esperança, a alegria e a razão de viver, a consciência de sua dignidade é uma grande vitória. Mas às vezes ficamos angustiados pelo muito que não podemos fazer e que de nós é esperado.
Há também os sofrimentos relacionados com a família que deixamos para trás. Muitos lutam e têm a obrigação de deixar pessoas e ministérios que amam para dar apoio aos pais idosos que precisam de sua presença. Outros sentem-se forçados a voltar prematuramente (o coração ainda quer ficar) para não comprometer a educação e o futuro dos filhos.
Além disso, há sofrimentos evitáveis, causados pela irresponsabilidade dos que enviam sem apoio verdadeiro, sem orientação e sem fidelidade no sustento financeiro. Isso gera profundas angústias e as igrejas terão de prestar contas a Deus da maneira como tratam os seus obreiros.
Qual é a nossa responsabilidade? Não podemos enviar missionários apenas invocando a bênção de Deus e depois lavar as mãos. A obra é nossa, como igreja brasileira. Precisamos estar bem perto de nossos missionários, acompanhando-os diariamente em oração, mantendo contato por e-mail, carta, telefone, de modo responsável (há lugares onde uma carta mal orientada pode causar muitos problemas). Podemos enviar uma pessoa para visitá-los, orar com eles e ouvi-los. Devemos recebê-los com muito carinho, cuidado e atenção quando vêm de férias, para que tenham um bom descanso e renovação física, emocional e espiritual, provendo suas necessidades. (Infelizmente, ainda há igrejas que cortam o sustento durante os meses em que o missionário está no Brasil, pois entendem erroneamente que ele “já não está fazendo o trabalho missionário”.)
Assim, há sofrimentos inerentes ao modelo de encarnação deixado por Cristo, para os quais o missionário deve estar preparado. Outros tipos de sofrimento podem ser minorados e é nossa responsabilidade fazê-lo, com carinho e amor pelos que estão na linha de frente.